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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Espaço Capixaba - Cosme Santos - Técnico em Desenv. Comunitário do Ateliê fala sobre o Prêmio FBB de Tecnologia Social

ATENÇÃO: Última Semana de inscrição da Agência de Comunicação do Território do Bem


Esta é a última semana de inscrição do processo seletivo para as oficinas de formação do Ponto de Cultura Agência de Comunicação do Território do Bem. O resultado final da seleção será divulgado no dia 20 de janeiro de 2012, através do blog do Ateliê de Ideias. As oficinas terão início no dia 23 de janeiro, de 14 h às 18 horas.

Uma novidade é que devido à grande procura de moradores de outros bairros da capital, interessados em fazer parte da Agência de Comunicação, a coordenação do projeto decidiu disponibilizar 20% das 20 vagas disponíveis para moradores de outros bairros de Vitória. Mas é bom ficar claro que a Associação Ateliê de Ideias, gestora do projeto da Agência de comunicação do Território do Bem, não se responsabiliza por deslocamento/transporte de nenhum dos 20 selecionados que farão parte do projeto.

Serão oferecidas 16 vagas aos moradores do Território do Bem (São Benedito, Itararé, Jaburu, Floresta, Consolação, Bonfim, Bairro da Penha e Engenharia), e 4 vagas a moradores de outros bairros de Vitória.

Acessando o link da Agência de Comunicação do Território do Bem, você ficará por dentro do objetivo do projeto, como será o processo de criação da Agência e suas etapas, quais as oficinas ofertadas, quais os outros critérios para participar e como se inscrever.

Depois de conhecer um pouco mais sobre a Agência, não perca tempo e faça já sua inscrição!

Venha participar com a gente desse projeto que pretende dar um novo rumo à Comunicação no Território do Bem!


O Ponto de Cultura Agencia de Comunicação do Território do Bem é fomentado e assessorado pela Associação Ateliê de Ideias, e conveniado com a Secretaria de Cultura de Vitória, que em parceria com o Ministério da Cultura, através da edição municipal do Programa Mais Cultura, liberou recursos para o desenvolvimento de cinco Pontos de Cultura na capital do ES.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Governo do estado assina convênio para construção do Centro Público Metropolitano de Economia Solidária






Os empreendedores solidários do Espírito Santo têm bons motivos para festejar neste fim de ano. Além das confraternizações com a chegada do Natal e do Ano Novo, foi assinado, na quinta-feira, 15/12, o convênio para o reinício do serviço da reforma e adequação física do prédio do Centro Público Metropolitano de Economia solidária e do Artesanato Capixaba, localizado ao lado da Fabrica de Trabalho em Jucutuguara, Vitória/ES. Os recursos no valor de R$ 533.204,86, serão transferidos pelo Governo do Estado para a Prefeitura de Vitória, para a conclusão das obras que já foram iniciadas.

A assinatura do convênio aconteceu no dia em que os empreendedores solidários de todo o país comemoravam o Dia Nacional da Economia Solidária. Na ocasião também foi lançado oficialmente o Creditar – programa de Microcrédito do Governo, através do BANDES e do BANESTES, em parceria com os Bancos Comunitários de Desenvolvimento que atende ao público da Economia Solidária.

Os números indicam que a Economia Solidária abriga cerca de 700 empreendimentos em todo o estado do Espírito Santo, organizados em grupos produtivos, rurais ou urbano, dando emprego e gerando renda para mais de 60 mil pessoas. São números expressivos e de elevada importância socioeconômica para o estado.

Para a diretora/presidente do Ateliê de Ideias, Leonora Mol os empreendedores solidários do Espírito Santo têm vários motivos para comemorar, mas ela ressalta dois motivos essenciais: O primeiro é o Centro Publico Estadual de Economia Solidária, que funciona no Mercado São Sebastião. Um projeto apoiado pelo Governo Federal que hoje conta com um conselho gestor que é representado por empreendedores da Economia Solidária, por entidades de assessoria e fomento, e pelo governo do estado e prefeituras municipais.

“O Centro Público é um espaço onde os empreendimentos podem ter formação técnica, podem divulgar e comercializar seus produtos. Esse é um momento especial para questão da comercialização e da luta dos empreendimentos pelo seu espaço, onde possam mostrar seus produtos”, disse.

O segundo ponto é a implantação dos Bancos Comunitários de Desenvolvimento com a possibilidades de iniciativas de finanças solidárias, que caminham rumo ao desenvolvimento local. “Hoje no Espírito Santo já temos quatro bancos comunitários formados (Banco Bem, Terra, Sol e Verde Vida) e três bancos se iniciando (Puan, Abraço e Esperança). Esses sete bancos hoje compõem uma rede capixaba de bancos comunitários que é de extrema importância para o nosso trabalho junto à comunidade, tanto para as finanças solidárias, quanto para nossas estratégias de desenvolvimento local”, explicou Leonora.

Para o Diretor/presidente da Agência de Desenvolvimento em Redes do Espírito santo (Aderes), Pedro Rig, todas as ações da Economia Solidária fazem parte da estratégia de desenvolvimento do governo do estado. “Não é simplesmente uma política de assistência, mas uma política de geração de negócio e de promoção do desenvolvimento. Com isso, o Programa Incluir, do Governo do estado, tem como um dos pilares a inclusão produtiva, e os grupos da Economia Solidária fazem parte de pilar, como instrumento de inclusão das pessoas, onde a gente possa de fato dar oportunidades a todos os capixabas”, destacou.

O Convênio para o reinício do serviço da reforma e adequação física do prédio do Centro Público Metropolitano de Economia solidária e do Artesanato Capixaba foi assinado pelo Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, pelo prefeito de Vitória, João Coser, pelo diretor/presidente da Aderes, Pedro Rigo, e por Leonora Mol, representante do Fórum Estadual de Economia Solidária.

A cerimônia aconteceu no Palácio Anchieta, sede do Governo local, e contou com a presença de representantes de empreendimentos solidários de todo o estado e de autoridades governamentais.

Mensagem do Professor Antônio Vidal - Fórum Estadual de Economia Solidária

“A economia solidária é o nome dado a uma iniciativa popular que busca de forma criativa novos caminho para garantir a sobrevivência e a manutenção da dignidade de inúmeros trabalhadores e trabalhadoras. Ela representa um sinal de esperança num contexto de globalização e de massacre dos empobrecidos. Baseada no principio da solidariedade e da auto-gestão, emerge em todo o Brasil, essa nova prática, não só econômica, mas de construção de uma nova sociedade. O nosso estado não ficou fora desse processo, foi um dos primeiros a se empenhar nesse sonho.

Hoje com todos os limites e com todas as dificuldades enfrentadas, o Espírito Santo é uma referência em vários aspectos de organização da Economia Solidária para o nosso país. Hoje os empreendimentos cresceram, novas entidades de fomentos surgiram, os poderes públicos municipal e estadual apoiam essa experiência. Não podemos esquecer também a contribuição do Fórum Estadual de Economia Solidária, que com apoio de algumas entidades de trabalhadores e trabalhadoras, articulados com a causa, mantiveram os empreendimentos articulados entre si.

No momento o Fórum Estadual de Economia Solidária está em processo de redefinição, reconfiguração, em função de melhor atender as demandas colocadas no presente. A regionalização e o fortalecimento dos empreendimentos buscam aprimorar as formas de uma maior participação e democratização das decisões de todos (as) trabalhadores da Economia Solidária.

É preciso que os gestores públicos assumam sua responsabilidade através de políticas públicas que possam favorecer o avanço da vida dos trabalhadores (as) em nossa estado. Política publica não paternalista, não clientelista e diferentes das que vêm sendo executadas historicamente pelos gestores públicos de nosso estado. Acreditamos que é possível a execução de políticas públicas que possibilitem a emancipação, o exercício da criatividade, o respeito às diversidades, aos empreendedores solidários.

Nesse sentido é necessário e urgente regulamentar a Lei. 8.256 de 2006; fortalecer e reconhecer o Conselho Estadual de Economia Solidária, como espaço de construção e deliberação das Políticas Públicas de Economia Solidária; criar um plano estadual de economia de acordo com as deliberações da 1º e 2º Conferência Nacional de Economia Solidária, que defina Economia Solidária como estratégia de desenvolvimento; articular a Política Pública de Economia Solidária com as demais políticas públicas; destinar um percentual de 0,5% do orçamento do estado para ações e projetos da Economia Solidária; criar programas de assessoria técnica nas suas várias especialidades para que os empreendimentos possam crescer e se fortalecer; legalizar o Dia Estadual da Economia Solidária.

Nós do Fórum Estadual de Economia Solidária acreditamos que somente com diálogo, com respeito, com empenho das autoridades públicas naquilo que é de sua competência, com base na identificação de um mesmo ideal que nos una, que nos faça sonhar com uma nova sociedade, mais democrática e participativa, é que poderemos avançar de forma qualitativa em relação à caminhada que a economia solidária fez até o presente momento”.

Para ver mais fotos da cerimônia de Comemoração do Dia Nacional da Economia Solidária e Assinatura do Convenio de reforma do Centro Publico Metropolitano de Economia Solidária, acesse a página do Centro Publico de Economia Solidária do Espírito Santo no Facebook.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ateliê, comunidades e parceiros comemoram 6 anos de Aniversário do Banco Bem


Num ambiente descontraído e de confraternização, o Ateliê comemorou nessa quinta-feira, dia 8/12, junto com a comunidade e instituições parceiras o 6º aniversário do banco comunitário do Território do Bem, o Banco Bem.

O evento aconteceu no Cerimonial Boske em Itararé, Vitória/ES, e teve início com um discurso da nossa diretora/presidente, Leonora Mol, fazendo uma retrospectiva da história da criação do Banco Bem, desde a escolha do nome até a conquista do primeiro apoio de uma empresa privada, a ArcelorMittal, costeando a vinda do precursor dos bancos comunitários no Brasil, João Joaquim de Melo, coordenador do Banco Palmas, no Ceará. Até hoje a ArcelorMittal é uma importante parceira.

Nesse momento Leonora agradeceu também aos demais parceiros do Banco Bem e do Ateliê que mandaram representantes/assessores para o evento. Como a Caixa Economia Federal, a ONG Moradia e Cidadania, A Aderes – Agencia de Desenvolvimento em Rede do Espírito santo, o BANDES, a Prefeitura Municipal de Cariacica, a Secretaria do Trabalho e Geração de Renda da PMV, o Instituto João XXIII, o Fórum Bem Maior, a Senadora Ana Rita Esgário, e a presença do vereador de Vitória, Sejão – PSB e do diretor da Escola Municipal (Emef) Ceciliano Abel de Almeida, Anderson Miller.

Ao fim do discurso, Leonora passou a palavra para a moradora de São Benedito, Sandra Almeida, que deu um emocionante depoimento, que narrou o quanto o Banco Bem a ajudou em um dos momentos mais difíceis de sua vida, quando sua casa pegou fogo: “Fui ao banco pegar dinheiro para reconstruir a minha casa... hoje moro com meus três filhos, minha faamília numa casa que jamais pensaria ter se não fosse a ajuda do banco”.

A comemoração do 6º aniversário do Banco Bem contou ainda com exposição de fotografia, com imagens produzidas pelos alunos do Curso de Fotografia, realizado pelo Ateliê de Ideias, no morro São Benedito, e um delicioso coquetel.

Na ocasião também foi dado início à campanha que incentiva a troca de Real por Moeda Bem. Todos os convidados foram estimulados, com cartaz de divulgação, a tirar as moedas perdidas na bolsa, esquecidas em cofrinhos ou mesmo aquele troco em centavos, e trocar por Moeda Bem.

E para arrecadar recursos que serão investidos em material de escritório e demais despesas, começaram as vendas das canecas em porcelana, modelo simples, com a logo-marca do Banco Bem e do Ateliê de Ideias. No evento foram vendidas 25 canecas por R$ 15,00 com uma moeda Bem de troco, o que ajuda a sustentabilidade do Banco e da Moeda Bem, estimulando um dos comércios do Território.

Total de créditos concedidos pelo Banco Bem

Desde a fundação do banco, em outubro de 2005, até 30 de outubro de 2011 foram 731 pessoas beneficiadas diretamente com os empréstimos, num total de R$ 777.217M56 recursos liberados.

Linhas de crédito

Número de Beneficiados

Valor total

Produtivo

201

R$ 328.939,76

Habitacional

149

R$ 402.647,80

Consumo

358

R$ 23.130,00 (em moeda Bem)

Creditar

23

R$ 22.500,00

TOTAL

731

R$ 777.217, 56

Fila de espera

Atualmente existem 363 moradores do Território do Bem aguardando a liberação de seu empréstimo, 135 para investir em seus empreendimentos (crédito produtivo), 228 para reforma ou construção de moradia (crédito habitacional).

Na medida em que os moradores pagam seus empréstimos ao Banco Bem, vão sendo liberados outros empréstimos aos demais moradores.