O Ateliê de Ideias, em parceria com o Núcleo de Economia Solidária/SP- NESOL, iniciou no final de 2011, o processo de estruturação de nove Bancos Comunitários de Desenvolvimento, e o fortalecimento de mais um já existente, na região Centro Oeste do Brasil.
Para esse trabalho o Ateliê e o NESOL conta com o apoio do Ministério do Trabalho e Emprego/SENAES - Secretaria Nacional da Economia Solidária, através do projeto de apoio às Finanças Solidárias.
O primeiro passo do processo foi fortalecer o Banco Pirê, precursor dos bancos comunitários no Centro Oeste, inaugurado em 2006, na cidade de Dourados-MS. Em seguida começa a estruturação de mais nove bancos, dos quais alguns já tiveram seus nomes definidos pela comunidade. São eles:
1- Banco Cerrado- Rondonópolis- MT
2- Banco Aroeira – Cuiabá – MT
3- Banco ITA – Assentamento Itamarati- Ponta Porã- MS
4- Banco Pantanal- Anastácio/Aquidauana- MS
5- Banco Estrutural- Cidade Estrutural – DF
6- Novo banco em Iporá - Goiás
7- Novo banco em Aparecida de Goiânia – Goiás
8- Novo banco na região de Itapoã- DF
9 – E mais uma comunidade que ainda será mobilizada.
Como parte desse processo, de 13 a 16 de março aconteceu em Rondonópolis uma formação sobre gestão de carteira de crédito em finanças de proximidade. Estavam presentes os agentes de crédito e de desenvolvimento dos bancos do Centro Oeste, contratados pelo Ateliê, através do projeto de Finanças Solidárias (todos moradores das próprias comunidades), representantes de entidades gestoras dos bancos comunitários e técnicos do Ateliê de Idéias.
O ponto alto do evento foi um momento bastante especial: comemorar a inauguração do Banco Cerrado. A inauguração aconteceu no dia 16 de março, na sede da Associação Dando as Mãos - entidade gestora do Banco Cerrado.
“Foi um momento de emoção para os presentes com a presença dos assentamentos que serão beneficiados por este novo banco, de autoridades, da Igreja Católica e da imprensa local”, contou nossa diretora/presidente, Leonora Mol.
“O Banco Cerrado terá uma moeda própria, o Bacuri, que irá contribuir com a circulação da riqueza local, junto com o oferecimento de crédito produtivo para fortalecer a produção de alimentos da agricultura familiar nos assentamentos do entorno de Rondonópolis e para o desenvolvimento local. É a economia sendo pensada pelo viés da sustentabilidade do território”, complementou.
Leonora encerrou dizendo que a mobilização de comunidades que buscam o desenvolvimento dos seus territórios é o ponto fundamental para a estruturação dos bancos.
Nós, aqui do blog do Ateliê, vamos acompanhar todo o andamento desse processo de estruturação e fortalecimento dos Bancos Comunitários de Desenvolvimento do Centro Oeste. Mais adiante postaremos mais texto a respeito.
Até mais!
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