Dando continuidade às ações do Seminário Nacional dos Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo (SeNEMAU) e concretizando a máxima “a união faz a força”, voluntários, estudantes de arquitetura e urbanismo, moradores do Território do Bem e representantes da equipe do Ateliê continuam, aos sábados, de 9h às 17h, os mutirões para construção de uma área de lazer e do Centro Comunitário, de São Benedito, e a reforma do Centro Comunitário de Jaburu, bairros que integram o Território do Bem, em Vitória.
Os mutirões surgiram da necessidade de transformar um lugar que antes servia de depósito de lixo e mato num espaço coletivo de lazer, em São Benedito, e fazer de um imóvel, cedido pela Arquidiocese de Vitória, um Centro Comunitário, como forma de garantir a promoção humana, por meio de atividades sócio-educativas que contribuam para o exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida, no bairro Jaburu.
Todo esse movimento começou com o objetivo de promover a troca de experiências e interação entre estudantes e comunidade a partir de vivências e das intervenções nos espaços coletivos dos bairros do Território do Bem, proposta feita pela organização do Seminário Nacional dos Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo (SeNEMAU), que ocorreu de 20 a 26 de julho, na Ufes, em Vitória.
O primeiro mutirão aconteceu nos dias 24 e 25, como uma atividade prática do SeNEMAU. Na comunidade de Jaburu foram iniciadas reforma do Centro comunitário e intervenções no mirante do bairro, como oficinas de mosaicos em bancos e criação de mobiliário urbano com papelão e garrafas pet. Na comunidade de São Benedito iniciou-se a construção do futuro Centro Comunitário e a construção de uma área de lazer para o bairro, com área coberta, campo, gramado para atividades, bancos, jardim vertical e horizontal e grafite nos muros.
O SeNEMAU desde o início foi construído e pensado junto com as comunidades que compõem o Território do Bem, com estudantes de arquitetura e urbanismo da Ufes e de outras instituições de ensino, em plenárias do Fórum Bem Maior, reuniões informais e atividades lúdicas como forma de aproximação com os moradores.
O primeiro passo dado pelos estudantes foi apresentar aos moradores do Território do Bem, presentes nas plenárias do Fórum Bem Maior, a proposta de realização do SeNEMAU, em Vitória, tendo como local para as atividades práticas os bairros São Benedito e Jaburu.
“O objetivo do SeNEMAU foi desenvolver junto com os moradores o projeto/desenho e a construção da área de lazer e do Centro Comunitário, criando um espaço de discussão e troca de experiências”, explica o estudante de arquitetura e um dos organizadores do seminário, Bruno Bowen.
Em seguida, os estudantes e profissionais que integram o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU), as lideranças de cada bairro, junto com representantes do Ateliê de Idéias, identificaram as áreas prioritárias com maior potencial de uso coletivo para intervenção.
A partir daí os estudantes e profissionais do EMAU fizeram o levantamento técnico das áreas escolhidas, começaram a elaboração do projeto e a possibilidade de construção
Segundo Bruno, as próximas etapas foram elaborar, junto com moradores, uma lista de materiais que seriam usados em cada local de intervenção e buscar apoio de patrocinadores e de doações para a construção da área de lazer, em São Benedito e do Centro Comunitário, em Jaburu.
Com recursos, materiais e equipamentos, deram início às intervenções.
“Em regime de mutirão, com a participação de 100 estudantes de todo o Brasil (de arquitetura e urbanismo e outros cursos), participantes do SeNEMAU e com, aproximadamente, 50 moradores, integrantes da equipe do Ateliê e outras pessoas de Vitória, conseguimos iniciar a mudança real desses espaços”, contou Bruno.
O morador de São Benedito e técnico em Desenvolvimento Comunitário do Ateliê de ideias, Valmir Dantas, considera que essa ação é a realização do sonho de muitos moradores e visitantes dos bairros São Benedito e Jaburu, além de vir quebrar vários tabus.
“Como morador vejo que essa ação quebrou os vários tabus das comunidades e resgatou a solidariedade e a vontade de construir uma comunidade melhor que aproxima pessoas de várias classes sociais. Estamos construindo o sonho de muitas pessoas simples e que não perdem a esperança jamais”, disse.
Após o SeNEMAU a ação continua. Acontece nos próximos sábados as transformações dos espaços, em regime de mutirão, lideranças comunitárias de São Benedito, estudantes, profissionais do EMAU e equipe do Ateliê continuam buscando recursos e materiais para concretizar essas intervenções.
O Ateliê de Ideias apóia essa iniciativa com a participação de integrantes de sua equipe nos mutirões, através dos projetos Bem Morar, Ecos do Bem e do banco comunitário gerido pelo Ateliê, Banco Bem.
“A humanização do espaço é para todos os moradores e visitantes. O Sonho está sendo construído e todos fazem parte dele, mas ainda falta você!” Valmir Dantas.
Avaliação do SeNEMAU
Bruno Bowen “Entendemos e identificamos junto com a comunidade a necessidade de trabalhos como este em bairros que ainda não possuem equipamentos públicos, áreas de lazer e outros espaços que melhorem sua qualidade de vida. Assim, o SeNEMAU, sendo um projeto do EMAU não é a única ação para efetivar e aumentar a qualidade de vida desses moradores. É imprescindível a atuação do Governo, das instituições privadas, das organizações não governamentais e das instituições acadêmicas com trabalhos nestas áreas.A proposta é que a vivência, a intervenção e até mesmo o próprio SeNEMAU não seja o objetivo final, mas que faça parte do processo de uma aproximação efetiva e afetiva entre os estudantes e a comunidade. Que seja o comum, como um encaixe entre os singulares para assim chegarmos no Coletivo”.
Atuação EMAU no Território do Bem
Em parceria com o Ateliê de Ideias, o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU) desenvolve trabalhos no Território do Bem desde 2008.
O primeiro trabalho foi o projeto “Habitação, Memória e Vivência em São Benedito”, com enfoque na habitação, de registro da memória dos moradores, uma vivência dos estudantes com a comunidade, que buscou entender as práticas e a história do bairro, conhecer os modos de habitar, os processos construtivos e técnicos da chamada cidade informal.
Em seguida iniciaram o trabalho de assessoria técnica em arquitetura e urbanismo para as famílias que conseguem o crédito habitacional do Banco Bem.
Um dos trabalhos desenvolvidos, junto com o arquiteto, coordenador do Bem Morar, Eduardo Simões Barbosa, foi o projeto de habitação “Casa da Pedra", edifício de 04 unidades, para famílias da comunidade de São Benedito, que fazem parte do projeto Bem Construir.
Além desses dois projetos o EMAU organizou o mutirão, que já está acontecendo, de estudantes (100 estudantes de arquitetura e urbanismo e outros cursos do Brasil, que estavam participando do SeNEMAU) e moradores da comunidade de Jaburu e de São Benedito para realizarem uma transformação nos espaços coletivos desses bairros.
Paralelo aos mutirões, o EMAU e o Ateliê vêm estudando novos trabalhos a serem realizados no Território do bem.
Os mutirões surgiram da necessidade de transformar um lugar que antes servia de depósito de lixo e mato num espaço coletivo de lazer, em São Benedito, e fazer de um imóvel, cedido pela Arquidiocese de Vitória, um Centro Comunitário, como forma de garantir a promoção humana, por meio de atividades sócio-educativas que contribuam para o exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida, no bairro Jaburu.
Todo esse movimento começou com o objetivo de promover a troca de experiências e interação entre estudantes e comunidade a partir de vivências e das intervenções nos espaços coletivos dos bairros do Território do Bem, proposta feita pela organização do Seminário Nacional dos Escritórios Modelos de Arquitetura e Urbanismo (SeNEMAU), que ocorreu de 20 a 26 de julho, na Ufes, em Vitória.
O primeiro mutirão aconteceu nos dias 24 e 25, como uma atividade prática do SeNEMAU. Na comunidade de Jaburu foram iniciadas reforma do Centro comunitário e intervenções no mirante do bairro, como oficinas de mosaicos em bancos e criação de mobiliário urbano com papelão e garrafas pet. Na comunidade de São Benedito iniciou-se a construção do futuro Centro Comunitário e a construção de uma área de lazer para o bairro, com área coberta, campo, gramado para atividades, bancos, jardim vertical e horizontal e grafite nos muros.
O SeNEMAU desde o início foi construído e pensado junto com as comunidades que compõem o Território do Bem, com estudantes de arquitetura e urbanismo da Ufes e de outras instituições de ensino, em plenárias do Fórum Bem Maior, reuniões informais e atividades lúdicas como forma de aproximação com os moradores.
O primeiro passo dado pelos estudantes foi apresentar aos moradores do Território do Bem, presentes nas plenárias do Fórum Bem Maior, a proposta de realização do SeNEMAU, em Vitória, tendo como local para as atividades práticas os bairros São Benedito e Jaburu.
“O objetivo do SeNEMAU foi desenvolver junto com os moradores o projeto/desenho e a construção da área de lazer e do Centro Comunitário, criando um espaço de discussão e troca de experiências”, explica o estudante de arquitetura e um dos organizadores do seminário, Bruno Bowen.
Em seguida, os estudantes e profissionais que integram o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU), as lideranças de cada bairro, junto com representantes do Ateliê de Idéias, identificaram as áreas prioritárias com maior potencial de uso coletivo para intervenção.
A partir daí os estudantes e profissionais do EMAU fizeram o levantamento técnico das áreas escolhidas, começaram a elaboração do projeto e a possibilidade de construção
Segundo Bruno, as próximas etapas foram elaborar, junto com moradores, uma lista de materiais que seriam usados em cada local de intervenção e buscar apoio de patrocinadores e de doações para a construção da área de lazer, em São Benedito e do Centro Comunitário, em Jaburu.
Com recursos, materiais e equipamentos, deram início às intervenções.
“Em regime de mutirão, com a participação de 100 estudantes de todo o Brasil (de arquitetura e urbanismo e outros cursos), participantes do SeNEMAU e com, aproximadamente, 50 moradores, integrantes da equipe do Ateliê e outras pessoas de Vitória, conseguimos iniciar a mudança real desses espaços”, contou Bruno.
O morador de São Benedito e técnico em Desenvolvimento Comunitário do Ateliê de ideias, Valmir Dantas, considera que essa ação é a realização do sonho de muitos moradores e visitantes dos bairros São Benedito e Jaburu, além de vir quebrar vários tabus.
“Como morador vejo que essa ação quebrou os vários tabus das comunidades e resgatou a solidariedade e a vontade de construir uma comunidade melhor que aproxima pessoas de várias classes sociais. Estamos construindo o sonho de muitas pessoas simples e que não perdem a esperança jamais”, disse.
Após o SeNEMAU a ação continua. Acontece nos próximos sábados as transformações dos espaços, em regime de mutirão, lideranças comunitárias de São Benedito, estudantes, profissionais do EMAU e equipe do Ateliê continuam buscando recursos e materiais para concretizar essas intervenções.
O Ateliê de Ideias apóia essa iniciativa com a participação de integrantes de sua equipe nos mutirões, através dos projetos Bem Morar, Ecos do Bem e do banco comunitário gerido pelo Ateliê, Banco Bem.
“A humanização do espaço é para todos os moradores e visitantes. O Sonho está sendo construído e todos fazem parte dele, mas ainda falta você!” Valmir Dantas.
Avaliação do SeNEMAU
Bruno Bowen “Entendemos e identificamos junto com a comunidade a necessidade de trabalhos como este em bairros que ainda não possuem equipamentos públicos, áreas de lazer e outros espaços que melhorem sua qualidade de vida. Assim, o SeNEMAU, sendo um projeto do EMAU não é a única ação para efetivar e aumentar a qualidade de vida desses moradores. É imprescindível a atuação do Governo, das instituições privadas, das organizações não governamentais e das instituições acadêmicas com trabalhos nestas áreas.A proposta é que a vivência, a intervenção e até mesmo o próprio SeNEMAU não seja o objetivo final, mas que faça parte do processo de uma aproximação efetiva e afetiva entre os estudantes e a comunidade. Que seja o comum, como um encaixe entre os singulares para assim chegarmos no Coletivo”.
Atuação EMAU no Território do Bem
Em parceria com o Ateliê de Ideias, o Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo (EMAU) desenvolve trabalhos no Território do Bem desde 2008.
O primeiro trabalho foi o projeto “Habitação, Memória e Vivência em São Benedito”, com enfoque na habitação, de registro da memória dos moradores, uma vivência dos estudantes com a comunidade, que buscou entender as práticas e a história do bairro, conhecer os modos de habitar, os processos construtivos e técnicos da chamada cidade informal.
Em seguida iniciaram o trabalho de assessoria técnica em arquitetura e urbanismo para as famílias que conseguem o crédito habitacional do Banco Bem.
Um dos trabalhos desenvolvidos, junto com o arquiteto, coordenador do Bem Morar, Eduardo Simões Barbosa, foi o projeto de habitação “Casa da Pedra", edifício de 04 unidades, para famílias da comunidade de São Benedito, que fazem parte do projeto Bem Construir.
Além desses dois projetos o EMAU organizou o mutirão, que já está acontecendo, de estudantes (100 estudantes de arquitetura e urbanismo e outros cursos do Brasil, que estavam participando do SeNEMAU) e moradores da comunidade de Jaburu e de São Benedito para realizarem uma transformação nos espaços coletivos desses bairros.
Paralelo aos mutirões, o EMAU e o Ateliê vêm estudando novos trabalhos a serem realizados no Território do bem.
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